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Como a logística para e-commerce evoluiu e o que esperar para 2026?

por Capital Realty | 01/12/2025 | Blog, Gestão

A logística para e-commerce passou, nos últimos anos, por uma expansão que mudou a distribuição nacional e ampliou o alcance das operações digitais. O movimento mais recente confirma essa virada: o Mapa da Logística, da Loggi, mostra que pequenas e médias empresas registraram alta de 194% nos envios das capitais para cidades do interior no terceiro trimestre, evidenciando um consumo online mais pulverizado e exigindo redes logísticas capazes de atender novas rotas, com rapidez e previsibilidade.

Outro indicador reforça essa transformação: negócios instalados em cidades interioranas aumentaram em 80% o envio de pacotes para outros municípios de médio porte, consolidando um fluxo intermunicipal mais intenso e diversificado. 

Essa dinâmica cria um ambiente competitivo em que eficiência operacional, tecnologia e integração se tornam essenciais para sustentar o crescimento.

Entender essa evolução é o ponto de partida para prever como o setor deve se organizar nos próximos anos. Para saber mais, continue lendo: 

 

O que é logística para e-commerce?

A logística para e-commerce é o conjunto de processos que organiza todo o percurso de um produto dentro de uma operação online, desde o recebimento e armazenamento até a entrega ao cliente. 

Ela envolve controle de estoque, separação e embalagem, transporte, monitoramento das etapas, atendimento pós-compra e logística reversa quando necessária.

Para gestores de logística, esse fluxo é essencial porque determina a velocidade, a precisão e o custo da operação. 

Quando o planejamento falha, as entregas atrasam, os erros aumentam e a confiança do consumidor diminui. Quando funciona bem, a empresa reduz desperdícios, melhora sua eficiência e fortalece a experiência de compra.

Quais são os 4 tipos de logística?

Os principais modelos que estruturam uma operação logística, inclusive no e-commerce, seguem etapas complementares que organizam o fluxo de materiais, produtos e informações. Cada um cumpre um papel específico na eficiência da cadeia.

  • Logística de suprimentos: focada no planejamento e na aquisição de matéria-prima e insumos. Garante que os materiais certos estejam disponíveis no momento adequado, com qualidade e custo compatíveis com a demanda; 
  • Logística de produção: coordena o fluxo interno de materiais durante a fabricação. Organiza recursos, espaços e processos para aumentar eficiência e evitar desperdícios; 
  • Logística de distribuição:  responsável por levar o produto até o cliente. Envolve controle de estoque, transporte, definição de rotas, gestão de fretes e acompanhamento das entregas; 
  • Logística reversa:  gerencia o retorno de produtos por motivos de devolução, troca, reciclagem ou descarte. Contribui para uma operação mais sustentável e para a conformidade das etapas pós-venda.

Como se deu a evolução da logística para e-commerce nos últimos anos?  

A logística para e-commerce passou por uma mudança profunda que redefiniu operações, prazos e níveis de serviço. 

Essa evolução foi impulsionada por avanços tecnológicos, novas expectativas dos consumidores e um ambiente digital mais competitivo. Confira alguns destaques: 

  • Automação e digitalização:  O setor adotou sistemas automatizados para gestão de estoques, armazéns e entregas. Tecnologias como inteligência artificial, RFID e rastreamento em tempo real ampliaram a eficiência e reduziram erros operacionais; 
  • Entrega rápida e flexível:  A demanda por entregas no mesmo dia ou no dia seguinte forçou a criação de hubs regionais, centros de distribuição mais próximos do consumidor e parcerias com transportadoras locais. Também abriu espaço para testes com drones e veículos autônomos; 
  • Logística omnichannel:  A integração entre canais digitais e lojas físicas ganhou força. Surgiram modelos de retirada em pontos físicos, lockers e sistemas de devolução mais simples. O objetivo passou a ser atender o cliente em qualquer canal, com o mesmo nível de eficiência; 
  • Sustentabilidade como pilar estratégico:  As operações passaram a incluir embalagens recicláveis, otimização de rotas para redução de emissões e políticas de logística reversa mais estruturadas. A pressão por práticas sustentáveis se intensificou junto ao crescimento das vendas online; 
  • Automação de processos internos:  Robôs para separação de pedidos e ferramentas de previsão de demanda chegaram aos centros de distribuição. Essa combinação reduziu custos, acelerou o picking e preparou as operações para volumes cada vez maiores;
  • Expansão do cross-border:  A compra internacional se tornou mais acessível e comum. Com isso, as empresas precisaram aperfeiçoar o atendimento global, garantindo prazos competitivos, conformidade regulatória e experiências de compra mais consistentes.

O que esperar da logística para e-commerce em 2026?

A logística para e-commerce deve entrar em uma fase ainda mais tecnológica e orientada por dados. 

As operações tendem a se tornar mais distribuídas, rápidas e colaborativas, com modelos focados na eficiência do last mile e no atendimento de um consumidor cada vez mais exigente. 

1. Automação e inteligência artificial integradas

Em 2026, a automação tende a deixar de ser diferencial e se tornar padrão operacional nas operações de e-commerce. 

A inteligência artificial passa a orquestrar o fluxo logístico de ponta a ponta, conectando previsões de demanda, gestão de capacidade e priorização de pedidos em tempo quase real. 

O resultado esperado é uma operação mais estável, com menor variação de desempenho e maior previsibilidade para o planejamento logístico.

2. Expansão dos micro-hubs e do fulfillment regional

Os micro-hubs devem avançar para modelos mais analíticos, em que a definição de cada ponto logístico considera dados de comportamento de compra, perfil de demanda e sazonalidade local. 

Em vez de apenas aproximar o estoque do consumidor, essas estruturas tendem a funcionar como nós inteligentes da rede, ajustando mix de produtos, janelas de entrega e níveis de serviço de forma dinâmica.

3. Maior colaboração entre empresas

A tendência é que empresas compartilhem infraestrutura logística, como hubs urbanos, para otimizar custos e ampliar cobertura. A integração de sistemas e a troca de informações em tempo real devem fortalecer a gestão conjunta da cadeia de suprimentos, trazendo mais previsibilidade e eficiência.

4. Consolidação do cross-border eficiente

Com digitalização mais avançada e compliance aduaneiro aprimorado, o comércio internacional tende a ficar mais simples e rápido. Processos automatizados devem reduzir barreiras, melhorar a rastreabilidade e encurtar prazos de entregas globais.

5. Soluções para o desafio da última milha

Na última milha, a tendência é combinar diferentes formatos de entrega em uma mesma malha, integrando lockers, pontos de retirada e alternativas de entrega programada. 

Em 2026, a prioridade deve ser dar ao cliente mais controle sobre onde e quando receber o pedido, ao mesmo tempo em que a operação reduz tentativas de entrega malsucedidas e reorganiza rotas com base em dados de ocupação urbana e hábitos de consumo.

À medida que a logística avança para modelos mais inteligentes e flexíveis na última milha, a expectativa do consumidor por velocidade também cresce. Entregar no tempo certo se torna parte central da experiência de compra, e isso exige operações cada vez mais precisas. 

Se você quiser aprofundar essa discussão e entender como estruturar esse tipo de serviço na prática, explore também como oferecer entregas rápidas de forma eficiente.

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Capital Realty

A Capital Realty é referência na área de condomínios logísticos industriais, infraestrutura logística, construção e administração de empreendimentos sob medida, com um portfólio de mais de 500 mil m² de área construída. Com forte atuação nos três estados da Região Sul e em São Paulo, a Capital Realty oferece uma equipe formada por gestores e engenheiros com larga experiência no mercado imobiliário e se destaca pela capacidade técnica de desenvolver, executar e gerir ativos imobiliários de forma inovadora. Os empreendimentos levam a bandeira Mega, classificados como padrão A de infraestrutura logística/industrial e disponibilizam todo o suporte para os clientes que se instalam nos centros logísticos.
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